MINHA VILA DE TERENA
Terena que és tão bonitaSituado no Alto Alentejo
Sempre serás bendita
E será sempre o meu desejo
Quando passarem por Terena
Vão visitar a Boa Nova
Não irão ficar com pena
E a capela está lá na cova
Terena és linda sempre o serás
És terra de bom acolhimento
Por tudo serás capaz
E não deixas ninguém no esquecimento
Na cidade de Évora eu nasci
Mas vivo em Terena
Como ela ainda não vi
É uma vila muito amena
Ter Terena para habitar
Têm muito mas muito valor
Têm muito bom lugar
Têm um lugar acolhedor
Inácio Mira
09/06/2021
TERENA
Corri por ti, caminhos não desbravados
Brinquei, cantei, chorei e sorri alegremente
Vibrei bailando, aqui ficámos enamorados
Não esquecerei pedaços de nós na minha mente
Em cada passo cambaleando fui descobrindo
Cada passagem, cada nome emaranhado
Uma gracinha para a família, enternecida
Quando balbuciava cada palavra, distorcida
À luz da candeia contando histórias, me encantei
No silêncio cantavam grilos na noite de breu
Palmilhei lugares sonhando a realidade que criei
Ou amedrontada no leito rebolava ansiosa
Temendo do sonho que o momento teceu
Sonolenta, soluçando, acordava duvidosa.
Maria Antonieta Matos
22/06/2013
TERENA II
Olhando a paisagem infinitamente bela
Do alto do monte, debruçada de espanto
O castelo e a muralha é a grande janela
Da gente que delicia sublime encanto
Um horizonte vasto emergindo a natureza
Querer abraçar o silêncio nos próprios sentidos
E inspirar de arte, de tranquilidade e nobreza
Momentos vítreos que nunca serão esquecidos
O silêncio dos tempos de medos guardados
Ouvir, sentir em cada pedrinha na maior profundeza
Enredos e segredos de gentes guerreiras e arrojadas
O silêncio da memória em livros escriturados
O espólio do povo que enriquece gerações, pela rareza
Que desperta o conhecimento e as torna fascinadas
Maria Antonieta Matos
04/04/2013
TERENA TERRA ONDE NASCI
Que linda terra tu és
Velhinha perto do céu
A Lucefécit a teus pés
É azul o teu chapéu
Casas cheias de brancura
Cada pedrinha conta uma história
Um castelo onde a luta e bravura
Tem um marco aceso na memória
Teus recantos floridos
Ruelas, igrejas e fontes
Tens por todo o lado montes
Belos campos coloridos
Gado pastando no verde prado
Ouvem-se murmúrios e bramidos
Ouve-se o sino lá no adro
Sabores e aromas perfumados
Rosmaninho, esteva, alecrim,
Hortelã, poejo entrelaçados
No campo, quintais e jardim
Gente que trabalha pela calma
Que conversam pelos cantos
Que se sentam à soalheira
Para observarem teus encantos
Passos, parecendo castanholas
Musicando no sossego
Portados e lindas janelas
Entre elas muito apego
Recônditos, “estórias” de amor
No teu livro escreves segredos
Paixões, medos, desamor
Páginas secretas, enredos
Brincando a criançada
Livremente no teu chão
Dão-te sorrisos, gargalhadas
Dão larga à sua emoção
És um lugar de poetas
Apetecível por escritores
Tens tuas portas abertas
Para inspirares os pintores
Tens o santuário da Boa Nova
Muito raro e muito antigo
Que fica ao longe numa cova
Num silêncio apetecido
Cantigas de Santa Maria
Foram dedicadas a ti
És palco de romaria
Ninguém se esquece de ti
Ruínas de culto Endovélico
Anterior à época romana
Deus luz, Deus maquiavélico
Uma divindade profana
Maria Antonieta Matos
03/03/2013

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