Nem todos sabem, mas a nossa Vila de Terena deu nome a dois importantes títulos nobiliárquicos da História de Portugal: Conde de Terena e Marquês de Terena.
O título de Conde de Terena foi criado por Decreto da Rainha D. Maria II, no dia 29 de setembro de 1835, sendo atribuído a Sebastião Correia de Sá, que assim se tornou o primeiro Conde da Vila de Terena.
No entanto, talvez pela importância estratégica e histórica da vila e do seu antigo concelho, a própria Rainha viria mais tarde a elevar ainda mais este reconhecimento. A 1 de julho de 1848, por novo Decreto, foi criado o título de Marquês de Terena, também atribuído ao mesmo Sebastião Correia de Sá. Curiosamente, este novo título não substituiu o anterior — os dois títulos coexistiram e permaneceram na mesma família, passando de geração em geração.
Lista dos Condes e Marqueses de Terena
Aqui deixo a lista dos titulares que foram herdando os dois títulos ao longo dos anos:
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Sebastião Correia de Sá – 1.º Marquês e 1.º Conde de Terena
Nasceu em 1766 e faleceu em 1849. -
Maria Emília Jácome Correia de Sá – 2.ª Marquesa e 2.ª Condessa de Terena, também 2.ª Viscondessa de São Gil de Perre
Nasceu em 1793 e faleceu em 1856. -
Luís Brandão de Melo Cogominho Pereira de Lacerda – (parece ter usado o título de 2.º Marquês)
Nasceu em 1815 e faleceu em 1866. -
Eugénia Maria Filomena Brandão de Melo Cogominho Corrêa de Sá Pereira de Lacerda – 3.ª Marquesa e 3.ª Condessa de Terena
Nasceu em 1840 e faleceu em 1900. -
Ana Maria da Piedade Teles da Silva Caminha e Menezes – 4.ª Marquesa e 4.ª Condessa de Terena, também 8.ª Condessa de Vilar Maior
Nasceu em 1932 e faleceu em 2011. -
(Possivelmente) Fernando José Telles da Silva e Menezes – atual titular
Filho da anterior, também Marquês de Alegrete, nascido em 1958.
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| Sebastião Correia de Sá, 1º marquês de Terena |
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| Eugénia Maria Filomena Brandão de Melo Cogominho Corrêa de Sá Pereira de Lacerda |
Curiosidade
É interessante notar que, mesmo passados tantos anos, os títulos continuam atribuídos e fazem parte da história viva da nobreza portuguesa. Apesar de hoje já não terem função governativa, são um reflexo da importância que Terena teve noutros tempos, tanto ao nível político como social.
Fontes consultadas:
Nobreza de Portugal e Brasil – Volume 3 (p. 432-433) e Volume 2 (p. 222-223)
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